segunda-feira, 30 de junho de 2014
Case #19 - Atração e fronteiras
A Dee era uma jovem mulher que falava do seu medo. Eu disse, do que é que tem medo? Ela respondeu, homens. Pedi-lhe para clarificar. Ela explicou que queria atenção masculina, mas que também sentia receio disso.
Salientei que, assim como terapeuta e professor, sou também um homem. Ela disse que sim, mas que não pensava em mim dessa forma.
O meu foco era trazer a questão para o aqui e agora, e para o relacionamento. Queria utilizar-me a mim mesmo como instrumento no processo de evocar maior consciência e desenvolver uma experiência relacional.
Então respondi que, de facto, eu era um homem e poderia ser útil observar o que era isso para ela.
Ela disse que se sentia amedrontada. Eu perguntei-lhe porquê. Porque eu podia achá-la atraente.
O que estava errado nisso?
Porque eu podia apaixonar-me por ela e assim criar uma situação difícil, que ela não queria.
Então, convidei-a a verbalizar isso para mim diretamente 'eu não quero que se apaixone por mim, eu não estou disponível para si nesse sentido'.
Ela sentiu-se muito melhor a declarar a sua fronteira.
Depois, mostrei-lhe a minha experiência. Eu disse - eu não quero apaixonar-me por si também. Eu não a acho atraente e, esse facto, pode existir tanto nas suas fronteiras como nas minhas.
Tivemos uma conversa onde fiz algumas declarações sobre como seria para mim achá-la atraente, e como seria para ela. Ela estava no extremo da sua questão - querer atenção, ter medo disso.
Então, através de uma exploração segura, ela conseguiu ter a experiência de se sentir bem, de ser capaz de determinar as suas fronteiras e as expressar, e de lidar com a atração sem que esta se tornasse maior.
Ela sentiu-se envergonhada em determinados pontos desta discussão, e então mudei o foco de volta para mim, e para a minha experiência. Partilhei que também não achei tudo isto muito fácil - era algo que eu queria remover da minha consciência algumas vezes. Então foi bom ser capaz de nomearmos isto um ao outro, e simplesmente experimentar a conexão disso no momento presente, sem medo de nos fugir do controlo.
Esta foi uma nova experiência para ela em várias formas, e deu-lhe a confiança de que conseguia estabelecer as fronteiras, falar sobre o assunto, e estar consciente do que podíamos chamar um aspeto erótico do relacionamento sem que isso se tornasse problemático.
O Gestaltismo enfatiza a autenticidade, e isso é utilizado no processo de aumento da consciência e no transporte disto para o relacionamento.
Salientei que, assim como terapeuta e professor, sou também um homem. Ela disse que sim, mas que não pensava em mim dessa forma.
O meu foco era trazer a questão para o aqui e agora, e para o relacionamento. Queria utilizar-me a mim mesmo como instrumento no processo de evocar maior consciência e desenvolver uma experiência relacional.
Então respondi que, de facto, eu era um homem e poderia ser útil observar o que era isso para ela.
Ela disse que se sentia amedrontada. Eu perguntei-lhe porquê. Porque eu podia achá-la atraente.
O que estava errado nisso?
Porque eu podia apaixonar-me por ela e assim criar uma situação difícil, que ela não queria.
Então, convidei-a a verbalizar isso para mim diretamente 'eu não quero que se apaixone por mim, eu não estou disponível para si nesse sentido'.
Ela sentiu-se muito melhor a declarar a sua fronteira.
Depois, mostrei-lhe a minha experiência. Eu disse - eu não quero apaixonar-me por si também. Eu não a acho atraente e, esse facto, pode existir tanto nas suas fronteiras como nas minhas.
Tivemos uma conversa onde fiz algumas declarações sobre como seria para mim achá-la atraente, e como seria para ela. Ela estava no extremo da sua questão - querer atenção, ter medo disso.
Então, através de uma exploração segura, ela conseguiu ter a experiência de se sentir bem, de ser capaz de determinar as suas fronteiras e as expressar, e de lidar com a atração sem que esta se tornasse maior.
Ela sentiu-se envergonhada em determinados pontos desta discussão, e então mudei o foco de volta para mim, e para a minha experiência. Partilhei que também não achei tudo isto muito fácil - era algo que eu queria remover da minha consciência algumas vezes. Então foi bom ser capaz de nomearmos isto um ao outro, e simplesmente experimentar a conexão disso no momento presente, sem medo de nos fugir do controlo.
Esta foi uma nova experiência para ela em várias formas, e deu-lhe a confiança de que conseguia estabelecer as fronteiras, falar sobre o assunto, e estar consciente do que podíamos chamar um aspeto erótico do relacionamento sem que isso se tornasse problemático.
O Gestaltismo enfatiza a autenticidade, e isso é utilizado no processo de aumento da consciência e no transporte disto para o relacionamento.
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