quinta-feira, 5 de junho de 2014
Case #13 - Sonho de sangue
A Liz tinha um sonho recorrente. Pedi-lhe que o contasse, no estilo Gestalstista, no tempo presente - assim é como conseguimos que os clientes estejam no aqui e agora com um sonho.
Foi assim que ela relatou:
Estou num combóio, ao lado da minha mãe. Em frente estão dois rapazes com uniformes pretos, a provocar-me. Ela fica perturbada e eles afastam-se. Agora um encontra-se a urinar ao meu lado no combóio, perdendo bastante sangue quente dos seus intestinos. O chão do combóio está cheio de sangue vermelho quente. Ele fica lá parado com o sangue a escorrer. Relativamente ao outro corpo, o mesmo está a acontecer.
Quando chegamos à estação está uma médica com muitos equipamentos, e eu sinto-me bastante aliviada dela estar aqui.
--
Perguntei-lhe o que esla estava a sentir, para a conectar com um nível presente profundo.
...amedrontada, sentimento de morte, tudo sozinha.
Quando ela fala do rapaz ela diz que está a perder a energia, a colapsar no chão. Não consigo sustentar a força da vida ou calor no meu sistema.
Pedi-lhe que viesse para o seu corpo - isto relaciona a experiência do sonho com a sua presente experiência somática, e trá-la para mais próximo de 'quem ela é'.
...ela sente um poço sem fundo no seu peito. Perguntei-lhe quanto calor ela sente no seu sistema neste momento. Ela reporta 30%.
Dou-lhe feedback - trazendo a sua experiência somática para o relacionamento.
A minha experiência dela é que ela é uma pessoa muito calorosa - ela pode mudar o seu calor para baixo e para cima.
Isto permite-nos começar a trabalhar com a questão emergente, o calor.
Ela diz que efetivamente sente com frequência uma dor no seu intestino fino, como agulhas. E que é muito sujeita ao frio - dificuldades de respiração no Inverno.
Pedi-lhe que se concentrasse nos seus intestinos finos no momento.
...ela sente-se pesada, obstruída, húmida, e imóvel.
Ela relata que não é boa a receber a um nível físico. É difícil para ela receber nutrição suficiente da comida - é magrinha e necessita de tomar suplementos. Se ela é tocada, sente-se com medo. Precisa de algum esforço para relaxar. Não é muito dada ao sexo. Ela quer o toque físico, mas mais como uma criança.
Pedi-lhe para 'ser' o sangue no sonho - para explorar o calor...
...ela disse, estou quente, cheia de vida, cheia de nutrição. O rapaz está a rejeitar-me, eu estou a sair do seu sistema, eu não sou precisa para ele.
Perguntei-lhe em que sentido isto encaixa na sua vida, contectando a experiência do sonho com a sua vida real.
...ela fala sobre a forma como rejeita a vida...é demais, por vezes são muitos problemas, não se sente compreendida, uma voz interna masculina diz-lhe que ela devia morrer.
Então perguntei-lhe sobre o seu pai...ele sempre se afastou. Enquanto criança, ele era muito fechado, não falava com ela, apenas via televisão ou fechava-se. A sua face era severa e sólida. Ela sentia pena dele, agia como um homem para tentar agradá-lo...apenas queria vê-lo sorrir e feliz.
Agora como adulta, quando ela vê o seu pai, sente-se doente do estômago. Ele vê-a como uma criança pequena, a querer a sua mãe.
Então, agora é claro. Enquanto criança ela precisava de calor dos pais, do seu pai, mas na verdade era ela que lhe dava calor, e ela nunca pôde. Esta tarefa era demais para uma criança, e drenou a sua energia da vida. Agora ela não tem uma boa base de calor de onde absorver, tem o hábito de se sentir drenada, de dar mais do que está a receber. Isto fá-la generosa e maternal com as pessoas, mas internamente ela apenas sente dor e vazio.
Esta divisão representa a rejeição da vida, e ela encontra-se num dilema, num impasse.
Chegando a este ponto, não resolvemos o impasse mas o que fazemos é trazer a consciência para ele. No Gestaltismo, todas as mudanças começam com a consciência...
Foi assim que ela relatou:
Estou num combóio, ao lado da minha mãe. Em frente estão dois rapazes com uniformes pretos, a provocar-me. Ela fica perturbada e eles afastam-se. Agora um encontra-se a urinar ao meu lado no combóio, perdendo bastante sangue quente dos seus intestinos. O chão do combóio está cheio de sangue vermelho quente. Ele fica lá parado com o sangue a escorrer. Relativamente ao outro corpo, o mesmo está a acontecer.
Quando chegamos à estação está uma médica com muitos equipamentos, e eu sinto-me bastante aliviada dela estar aqui.
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Perguntei-lhe o que esla estava a sentir, para a conectar com um nível presente profundo.
...amedrontada, sentimento de morte, tudo sozinha.
Quando ela fala do rapaz ela diz que está a perder a energia, a colapsar no chão. Não consigo sustentar a força da vida ou calor no meu sistema.
Pedi-lhe que viesse para o seu corpo - isto relaciona a experiência do sonho com a sua presente experiência somática, e trá-la para mais próximo de 'quem ela é'.
...ela sente um poço sem fundo no seu peito. Perguntei-lhe quanto calor ela sente no seu sistema neste momento. Ela reporta 30%.
Dou-lhe feedback - trazendo a sua experiência somática para o relacionamento.
A minha experiência dela é que ela é uma pessoa muito calorosa - ela pode mudar o seu calor para baixo e para cima.
Isto permite-nos começar a trabalhar com a questão emergente, o calor.
Ela diz que efetivamente sente com frequência uma dor no seu intestino fino, como agulhas. E que é muito sujeita ao frio - dificuldades de respiração no Inverno.
Pedi-lhe que se concentrasse nos seus intestinos finos no momento.
...ela sente-se pesada, obstruída, húmida, e imóvel.
Ela relata que não é boa a receber a um nível físico. É difícil para ela receber nutrição suficiente da comida - é magrinha e necessita de tomar suplementos. Se ela é tocada, sente-se com medo. Precisa de algum esforço para relaxar. Não é muito dada ao sexo. Ela quer o toque físico, mas mais como uma criança.
Pedi-lhe para 'ser' o sangue no sonho - para explorar o calor...
...ela disse, estou quente, cheia de vida, cheia de nutrição. O rapaz está a rejeitar-me, eu estou a sair do seu sistema, eu não sou precisa para ele.
Perguntei-lhe em que sentido isto encaixa na sua vida, contectando a experiência do sonho com a sua vida real.
...ela fala sobre a forma como rejeita a vida...é demais, por vezes são muitos problemas, não se sente compreendida, uma voz interna masculina diz-lhe que ela devia morrer.
Então perguntei-lhe sobre o seu pai...ele sempre se afastou. Enquanto criança, ele era muito fechado, não falava com ela, apenas via televisão ou fechava-se. A sua face era severa e sólida. Ela sentia pena dele, agia como um homem para tentar agradá-lo...apenas queria vê-lo sorrir e feliz.
Agora como adulta, quando ela vê o seu pai, sente-se doente do estômago. Ele vê-a como uma criança pequena, a querer a sua mãe.
Então, agora é claro. Enquanto criança ela precisava de calor dos pais, do seu pai, mas na verdade era ela que lhe dava calor, e ela nunca pôde. Esta tarefa era demais para uma criança, e drenou a sua energia da vida. Agora ela não tem uma boa base de calor de onde absorver, tem o hábito de se sentir drenada, de dar mais do que está a receber. Isto fá-la generosa e maternal com as pessoas, mas internamente ela apenas sente dor e vazio.
Esta divisão representa a rejeição da vida, e ela encontra-se num dilema, num impasse.
Chegando a este ponto, não resolvemos o impasse mas o que fazemos é trazer a consciência para ele. No Gestaltismo, todas as mudanças começam com a consciência...
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