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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Case #29 - Fazendo crescer a pequena rapariga irritada

A Cathy trouxe a questão do 'ressentimento relativamente ao pai'. Perguntei-lhe o que a ressentia, ela respondeu que ele se tinha divorciado da sua mãe quando ela tinha 4 anos.
Explorei a natureza do seu terreno. Isto tinha acontecido há 20 anos, e ela apenas tinha visto o seu pai 10 vezes desde essa altura. Ela sabia muito pouco acerca dele.
Acreditava que a sua mãe era a vítima - o seu pai teve um caso, e depois voltou a casar.
Ela não fez qualquer esforço na sua vida adulta para contatar com ele. Quando lhe perguntei porquê, ela respondeu que anteriormente ele trouxe a filha do segundo casamento e a Mary sentiu extremos ciúmes ao ver a afetuosidade que ele tinha com a sua meia-irmã.
Eu disse-lhe que não ia trabalhar a questão do divórcio dos seus pais, ou o seu ressentimento sobre isso (devido a isso não estar realmente centrado na sua questão). Contrariamente, eu queria apenas trabalhar com ela como adulta, e descobrir o que ela precisava de fazer no presente.
Ela estava relutante, mas as minhas fronteiras eram claras.
Contei-lhe a história do meu próprio divórcio e a conversa que tive com a minha filha mais velha quando ela cresceu, e a falta de informação que ela albergava.
Disse-lhe que estava disposto a apoiá-la a encontrar as suas próprias conversas com o seu pai, mas não a manter-se no papel de desamparada, vítima ou sem poder.
Ela tinha herdado as histórias da sua mãe, e tinha sido colorida por estas. Como adulta, ela tinha as suas próprias escolhas para exercitar e podia descobrir diretamente do seu pai qual era o seu lado da história. Ela ainda não tinha feito isso, então o meu foco era avançar para isto futuramente, em vez de tentar revolver sobre o passado.
Além disso, enquanto falávamos sobre este assunto a Mary tinha voz de menina e maneirismos. Disse-lhe que compreendia e sentia compaixão por ela ter perdido tanto com o seu pai, mas isso eram agora águas passadas e não um contributo para a terapia, ou que a interação com ele pudesse recuperar esses anos perdidos.
Tínhamos de estar com a parte trágica disso como era, e encontrar os recursos desse ponto.
Isto era uma linha difícil, mas fazer de outra forma tinha sido ajudar e estimular que ela ficasse presa num local sem apoio, querendo para sempre algo que ela tinha perdido.
Por vezes a aumentada empatia pode ajudar as pessoas, mas outras vezes é preciso clarificar as fronteiras, e a forma como seguir em frente em vez de estar constantemente a olhar para trás. No seu eu de pequena menina, ela não tinha escolhas, não tinha capacidade de se deslocar a favor dele.
Ela relatou que se o visse, como em criança pequena, lhe teria batido. Claramente ela estava irritada, e eu achei isso normal. Mas ela não encontrou nenhuma outra forma de se relacionar com ele, e estava ainda irritada da mesma forma que quando era criança.
Então propus uma experimentação: começar de uma posição na sala que ela determinasse como próxima da sua mãe, e caminhar através da sala até ao seu pai. Talvez para ter uma conversa com ele, ou talvez apenas para ficar junto dele.
Ela foi bastante desafiada por este convite, e estava assustada. Fiz tudo o que foi possível para a encorajar, mas também lhe dei escolha. Recordava-lhe com frequência que tinha 24 anos. Pedi-lhe que abandonasse a voz de menina, para a fortalecer em vez de a atolar (ela disse ter dores de costas regulares), e para se deslocar para um lugar de adultez e capacidade de escolha.
Lentamente, ela concordou com a experimentação. Deslocou-se, um passo de cada vez, precisando de bastante apoio em cada passo para não colapsar. Finalmente, ela alcançou a posição do pai, e eu pedi a alguém para desempenhar o papel de pai dela.
Ela achou impossível falar com ele. Então perguntei-lhe o que ela estava a sentir, e pedi que colocasse isso em frases que pudesse utilizar. Fiz isto para meia dúzia de sentimentos, para que ela tivesse uma variedade de coisas para dizer. Ela precisava de mais encorajamento para ser capaz de exteriorizar as suas palavras. De facto, ela fez uns sons de respiração curtos e agúdos que, quando identificados, continham a sua mágoa sobre a atenção do pai para a sua meia-irmã.
Ela queria fazer-lhe algumas perguntas, mas eu direcionei-a apenas para fazer declarações. Salientei a manipulação destas questões, e trouxe-a de volta para as razões que a levavam a querer alcançá-lo.
Finalmente ela falou para ele, dizendo-lhe que estava irritada, magoada, e também satisfeita por o ver. Ela falou essencialmente das suas preocupações e medos. A resposta mais representativa foi que ele estava satisfeito por a ver; isto não era o que ela esperava.
Todo o processo foi muito difícil para ela. Eu tinha de facilitar a experiência, como por exemplo, dizer-lhe que ela estava apenas num grupo terapêutico, que não era verdadeiramente o seu pai e a sua mãe lá, e que ela estava apenas a deslocar-se sobre um chão de bambu, nada mais. Isto reduziu a valência emocional apenas superficialmente. Acompanhei-a em cada passo, treinando, apoiando e desafiando-a a manter-se adulta.
Isto foi um exemplo de 'emergência segura' na experimentação Gestaltista, onde pisámos num terreno geralmente muito difícil, no entanto fazendo-o com tanto suporte quanto necessário.
Isto permite à pessoa ter uma nova experiência.
Contudo, estas experimentações não são prescritivas, e os clientes são encorajados em não as tornar em 'novos' deveres, mas antes a vê-las como formas de exploração da consciência e poder de escolha.

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