sábado, 28 de março de 2015
Case #60 - Ódio e amor
Jeremy e Mirada - um casal - fizeram um exercício que envolvia empurrarem-se com as mãos um ao outro, para entrar em contacto com a sua agressividade.
Mirada ficou muito perturbada depois do exercício. falou a respeito de se sentir muito zangada na relação, bloqueada num padrão com Jeremy. Quando algo era importante para ela, ele gozava e ria-se. Para ela isto era irritante, e não se sentia compreendida de todo.
Coloquei-os então de frente um para o outro e convidei-a a dizer-lhe ´Odeio-te neste momento´.
De facto, esta é uma declaração muito pessoal e de contacto, de uma perspectiva Gestalt. Não culpa o outro, fala de si mesmo, e é limpa e clara.
Ela fê-lo, e ele desatou-se a rir.
Enquanto que noutra altura, isto poderia ser um convite a um divertimento mútuo, no contexto de uma expressão de sentimentos directa e importante, também pode ser experienciado como condescendente, ou ´deflexão´, como se designa em Gestalt.
O seu humor mascarava o seu desconforto subjacente com a raiva dela, e este avassalamento em poder estar com ela nesse lugar.
Apoiei-o pois ao ajudá-lo a respirar com o abdómen, relaxar as mandíbulas e encorajei-o ao oferecer-lhe a minha compreensão de como era difícil para ele estar com ela neste lugar, com a sua sensação avassaladora, etc.
Foi muito difícil para ele estar presente, e de cada vez que se ria, Mirada ficava mais furiosa, salientando que era exactamente isso que acontecia na relação deles.
Com muito apoio e encorajamento da minha parte, ele foi capaz de se manter sério; incitei-a então a dizer-lhe repetidamente, de uma forma muito directa, a afirmação ´Odeio-te neste momento´. Ela fê-lo intensamente, por vários minutos. Quando ela achou que havia sido suficientemente compreendida nesse lugar, e se expressara completamente, relaxou e disse-lhe que tinha medo que se mostrasse o quão zangada estava, ele a deixasse.
Convidei-o a a assegurar-lhe que não se tratava disso. Começou então a dizer-lhe que também se sentia inseguro em relação a ser abandonado por ela, mas parei-o - ela não havia ainda terminado completamente, e não tinha espaço para o escutar enquanto não o tivesse feito.
Aos poucos foi-se acalmando, e começou a dizer-lhe quanto o amava.
Foi então que ele foi capaz de falar-lhe acerca dos seus sentimentos. A conexão entre ambos era forte, profunda e palpável.
Em Gestalt interessa-nos apoiar o contacto autêntico e claro. Quando se consegue isto, tudo o resto flui a partir daí. Para o poderem fazer, as pessoas necessitam apoio emocional, instruções de competências e contenção.
Mirada ficou muito perturbada depois do exercício. falou a respeito de se sentir muito zangada na relação, bloqueada num padrão com Jeremy. Quando algo era importante para ela, ele gozava e ria-se. Para ela isto era irritante, e não se sentia compreendida de todo.
Coloquei-os então de frente um para o outro e convidei-a a dizer-lhe ´Odeio-te neste momento´.
De facto, esta é uma declaração muito pessoal e de contacto, de uma perspectiva Gestalt. Não culpa o outro, fala de si mesmo, e é limpa e clara.
Ela fê-lo, e ele desatou-se a rir.
Enquanto que noutra altura, isto poderia ser um convite a um divertimento mútuo, no contexto de uma expressão de sentimentos directa e importante, também pode ser experienciado como condescendente, ou ´deflexão´, como se designa em Gestalt.
O seu humor mascarava o seu desconforto subjacente com a raiva dela, e este avassalamento em poder estar com ela nesse lugar.
Apoiei-o pois ao ajudá-lo a respirar com o abdómen, relaxar as mandíbulas e encorajei-o ao oferecer-lhe a minha compreensão de como era difícil para ele estar com ela neste lugar, com a sua sensação avassaladora, etc.
Foi muito difícil para ele estar presente, e de cada vez que se ria, Mirada ficava mais furiosa, salientando que era exactamente isso que acontecia na relação deles.
Com muito apoio e encorajamento da minha parte, ele foi capaz de se manter sério; incitei-a então a dizer-lhe repetidamente, de uma forma muito directa, a afirmação ´Odeio-te neste momento´. Ela fê-lo intensamente, por vários minutos. Quando ela achou que havia sido suficientemente compreendida nesse lugar, e se expressara completamente, relaxou e disse-lhe que tinha medo que se mostrasse o quão zangada estava, ele a deixasse.
Convidei-o a a assegurar-lhe que não se tratava disso. Começou então a dizer-lhe que também se sentia inseguro em relação a ser abandonado por ela, mas parei-o - ela não havia ainda terminado completamente, e não tinha espaço para o escutar enquanto não o tivesse feito.
Aos poucos foi-se acalmando, e começou a dizer-lhe quanto o amava.
Foi então que ele foi capaz de falar-lhe acerca dos seus sentimentos. A conexão entre ambos era forte, profunda e palpável.
Em Gestalt interessa-nos apoiar o contacto autêntico e claro. Quando se consegue isto, tudo o resto flui a partir daí. Para o poderem fazer, as pessoas necessitam apoio emocional, instruções de competências e contenção.
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